Kathryn Kuhlman: Uma Mulher Que Morreu Para Si Mesma



Kathryn Kuhlman não foi apenas uma pregadora carismática. Ela foi uma mulher quebrantada, forjada no fogo da dor, da entrega e de uma paixão inabalável pela presença de Deus. Quando ela dizia:

“Eu morri mil mortes antes de subir neste palco.”

Ela não estava falando de poesia. Estava falando de uma vida crucificada.


Infância e Chamado

Nascida em 1907, em Concordia, Missouri, Kathryn cresceu em um lar cristão. Sua conversão veio cedo, mas sua verdadeira experiência com o Espírito Santo foi algo gradual e profundo.

Quando era jovem, ela testemunhou seu primeiro milagre durante uma pregação e sentiu o chamado. Não havia grandes plataformas. Ela começou pregando em igrejas pequenas, carregando suas próprias malas e sendo rejeitada por muitos por ser mulher.

Mas havia algo incomum nela — um brilho, uma unção visível que transcendia o natural.



Uma Decisão que Quase a Destruiu

Na década de 1940, Kathryn se envolveu com um evangelista chamado Burroughs Waltrip, um homem divorciado. Contra o conselho de muitos e contra sua própria convicção, ela se casou com ele.

Pouco tempo depois, seu ministério começou a secar. O fogo desapareceu. A paz se foi.

Ela mesma conta que um dia caiu no chão, aos prantos, e disse:

“Senhor, eu fiz tudo errado. Se me deres outra chance, jamais voltarei a tocar na Tua glória.”

Ela largou tudo. O casamento, o nome, a posição. Voltou para Deus de mãos vazias — e o Espírito Santo voltou com poder multiplicado.


A Mulher do Espírito Santo

Seu ministério ganhou força sobrenatural. Milhares vinham aos seus cultos em cidades como Pittsburgh e Los Angeles. Sem impor as mãos, sem manipulação — as pessoas eram curadas apenas com a presença de Deus no ambiente.

Curas documentadas incluíam câncer desaparecendo, ossos se regenerando, cegos vendo, surdos ouvindo, pessoas largando cadeiras de rodas.

Médicos verificavam curas. Jornalistas ficavam chocados. Mas Kathryn repetia:

“Eu não sou curadora. Eu não posso curar nem um dedo mindinho. Mas eu conheço Alguém que pode.”

Ela dizia que o momento mais importante do culto era quando ela sentia que o Espírito Santo havia entrado no lugar. Quando Ele vinha, ela saía de cena.



Intimidade com o Espírito Santo

Kathryn tratava o Espírito Santo como um ser pessoal, sensível e santo. Ela dizia:

“Não O entristeça. Não O ignore. Ele é tudo o que tenho.”

Ela se referia ao Espírito Santo com um amor semelhante ao de um relacionamento. Sua comunhão era profunda, diária. Era comum vê-la chorando no altar, não de tristeza, mas de reverência.

Ela não buscava os dons — buscava o Doador. E os dons vinham como consequência.


Últimos Dias e Morte

Kathryn Kuhlman faleceu em 1976, após complicações de uma cirurgia no coração. Seu funeral foi marcado por um silêncio reverente. Pastores, médicos, políticos e pessoas comuns compareceram para prestar honra.

Seu legado continuou através de:

  • Livros como “O Espírito Santo, Bem-Vindo!” e “Nada É Impossível com Deus”
  • Gravações de rádio e TV
  • O impacto em milhões, incluindo ministros como Benny Hinn, Tommy Tenney e Catherine Marshall

Legado Espiritual

Kathryn não deixou filhos biológicos. Mas espiritualmente, ela gerou uma geração inteira de pessoas famintas por Deus. Seu legado não é de fama, mas de glória a Deus.

Ela nos ensinou:

  • Que a presença de Deus vale mais que qualquer sucesso ministerial
  • Que o preço da unção é a morte do eu
  • Que o Espírito Santo é real, vivo, pessoal — e deseja ser nosso melhor amigo

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