“E chegando Jesus a Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando; e, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus Nazareno passava. Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”
(Lucas 18:35-38)
Existem momentos em nossas vidas em que tudo parece estar parado. Vivemos rotinas pesadas, enfrentamos limitações, dependências, frustrações. Assim estava o homem cego à beira do caminho: limitado por sua condição, rejeitado pela sociedade, dependendo da bondade alheia para sobreviver. Era um cenário de dor, silêncio e invisibilidade.
Mas aquele dia seria diferente. Jesus estava passando.
Jesus passa onde há dor.
Jesus não ignora os que estão à margem da vida. Ele se aproxima dos que foram deixados de lado, dos que já perderam as esperanças. Aquele homem, ainda que cego, ouviu que algo diferente estava acontecendo. Ele não via, mas percebeu no espírito que aquele momento não poderia passar em vão. Ao saber que Jesus de Nazaré estava ali, seu coração se encheu de fé. Ele decidiu crer: “Hoje o meu milagre vai acontecer!”
A fé nasceu do ouvir.
Romanos 10:17 diz que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus. O cego ouviu falar de Jesus, e isso foi suficiente para despertar nele a certeza de que sua vida poderia ser transformada. Ele não esperou Jesus vir até ele. Pelo contrário: ele clamou, gritou, rompeu o silêncio da vergonha e se lançou à única chance que tinha.
Quantos de nós estamos cegos espiritualmente, emocionalmente ou até fisicamente, sentados à beira dos caminhos da vida, esperando que algo mude? E quando Jesus passa, o que fazemos? Ficamos calados? Temos medo do que os outros vão dizer?
Clame mesmo que mandem você se calar.
A Bíblia diz que quando aquele homem começou a clamar, muitos o repreenderam. Disseram para ele se calar. Mas quanto mais o mandavam calar, mais alto ele clamava. Ele sabia que a oportunidade estava passando, e ele não podia deixá-la escapar.
Quantas vezes deixamos de buscar a Deus por causa da opinião alheia? Quantas vezes não clamamos porque temos vergonha ou medo de não sermos ouvidos? Mas esse homem não se importou com os olhares, os julgamentos ou as críticas. Ele queria ver. Ele queria um milagre. E ele sabia quem podia fazer isso acontecer.
Jesus parou.
O clamor daquele homem fez Jesus parar. O Rei da Glória, o Filho do Deus Altíssimo, o Salvador, parou por causa de um homem cego à beira do caminho. Isso nos mostra que a fé sincera, o clamor genuíno, ainda movem o coração de Deus.
Jesus pergunta: “O que queres que Eu te faça?”
Essa pergunta pode parecer óbvia, mas é poderosa. Jesus queria ouvir da boca daquele homem o desejo do seu coração. Ele queria que o cego verbalizasse a sua fé. E ele disse: “Senhor, que eu veja!”
E Jesus respondeu: “Vê; a tua fé te salvou.”
Naquele momento, a vida daquele homem foi transformada. Ele passou a enxergar, a caminhar, a seguir Jesus, a ser parte da multidão e não mais um excluído à margem do caminho. O milagre aconteceu.
Aplicação para nossa vida:
Você pode estar vivendo uma fase de cegueira – sem direção, sem clareza, sem forças. Pode estar cansado de depender de pessoas, de situações, de palavras. Mas saiba: Jesus está passando. E quando Ele passa, tudo muda.
Não se cale. Não se esconda. Clame! Diga a Ele o que você precisa. Mesmo que sua voz esteja fraca, mesmo que as pessoas digam que não vale a pena, continue clamando. Porque Jesus ouve. E quando Ele para, é para agir com poder.
Hoje, tome essa atitude:
- Proponha no seu coração: “Meu milagre vai acontecer.”
- Clame com fé, sem se importar com o que dizem.
- Verbalize sua fé.
- Espere a resposta de Deus, pois Ele ainda opera milagres.
Oração:
“Senhor, muitas vezes me sinto como aquele cego, perdido à beira do caminho, cansado e limitado. Mas hoje eu decido crer. Sei que Tu estás passando por aqui, e não quero perder essa chance. Clamo a Ti: tem misericórdia de mim! Abre meus olhos espirituais, restaura minha visão, renova minha esperança. Em nome de Jesus, amém.”
Peço pra abençoa todos aqueles que desejam o meu mal e minha queda
amem meu irmão